1. |
veículo
02:24
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2. |
dobra
03:12
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3. |
lembrete
03:29
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céu não basta mais
habito o tempo em vão
na solidão de um dia azul
mente em febre, marte fraco
peito, um sonho nu
quase vejo você aqui
quase vejo você
céu em febre, marte fraco
habito o sonho em vão
na solidão do dia, nu
quase vejo você
luz invade o espaço
recorta o céu azul
não sobra nada sobre mim
não sabe nada sobre mim
no eco da casa, solidão
passo ressoa solidão
o pensamento é só
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4. |
entalhe
01:52
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rompe a noite
invade o quarto
o que será de mim
se nem o espaço basta
assim, enquanto
passa o tempo
vira minha cabeça
já não resta nada aqui
nem minha fúria cega
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5. |
vão
03:20
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cada passo mais
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6. |
rougui
03:57
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onda fogo
rocha fogo
molda o fogo
reluz
se desfaz constelação
corpo fogo
dentes fogo
qualquer fogo, luz
invade o espaço
remolda o vento
me poupa o tempo
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7. |
espectro
04:12
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8. |
nono
04:38
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9. |
argumento
03:28
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passos pesados galope um cavalo branco rompe o vento estalos d’água salpicam o rosto a poeira a pele fera de olhos mansos ao cair da noite o silêncio para além dos passos reverso todos os sons são pequenos estalos d’água aos pés uma pequena estrada chão batido cerca de estacas e não há nenhuma luz que não da lua refletida no cavalo branco a cada segundo galope mais distante um ruído trêmulo percorre o vento e preenche toda molécula rompida ao percorrer o caminho que percorremos uma voz sissibila em cintiles de lábio e febre: meu nome.
observo o mar se aproximando cada instante cada passo mais próximo dele cada passo uma lembrança dilui cada passo meu nome perdido ao vento e sem ele existo incógnito movimento fúria sentidos em xeque pedras e café pretos um tombo um duplo fumaça mormaço brisa névoa maresia manhã se refaz e o sol agora pisca pisca pisca no topo das ondas que ao longe me revelam segredos sobre o nada sobre o aqui e o agora sobre o animal em minhas pernas sobre o demônio em meu coração sobre a fúria nos ossos colisão
sal na ponta da língua a noite nos dentes em fúria contra maré por este rio que me vaza entre os dedos escorre entre as pernas leitoso lençol de prata respingos de sol oceano em plano holandês aberto meu corpo salobro internaliza movimentos do mar memória muscular em 4/2 a violência da onda não se mede por seu tamanho mas pelo rastro escombro que deixa todo rastro marejado escarifica não vai me poupar a natureza do sonho é não ter misericórdia
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aurata Salvador, Brazil
uma permanência circular::
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experimental music
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